Um rio chamado amor

domingo, 31 de janeiro de 2010

Numa manhã de inverno, ela se sentara na beira de um rio batizado de 'amor'. A água, pura e limpa que antes havia ali, havia tomado uma outra forma, e estava em um estado sólido. Paralisada, e sem vida. O vento frio, soprava no seu rosto jovem, e fazia suas bochechas arderem. Era uma garota confusa, e estava atônita por tudo que estava acontecendo em sua vida naquele momento.
O rio chamado 'amor', atraía a garotinha. 
Sentia vontade de se jogar naquele rio. Mas tinha medo. E bom, parecia ser inútil já que o rio estava congelado. Ela poderia caminhar sobre ele, e se tivesse sorte, o gelo não quebraria. Mas ela não tinha certeza sobre isso. Não sabia se o gelo aguentaria o seu peso. Não sabia se compensaria correr o risco.
Ela poderia esperar a primavera chegar, e a água daquele rio descongelar. Talvez ela pudesse navegar com uma canoa ali.
O rio a atraía de qualquer jeito.
Seja para um mergulho de cabeça.
Seja para uma caminhada pelo gelo
Seja para remar com a canoa.
mas ela queria o rio. precisava do rio.
A menina analisou todas as formas possíveis de ter aquele rio.
Congelado.
'um amor firme, consistente, mas derradeiro. não há certezas. é arriscar, ou arriscar.'
Líquido - navegando/remando pela superfície.
'um amor calmo, e menos intenso.  '
Líquido - Mergulhaando de cabeça.
' o amor, é loucura, é vontade, é desejo, é alívio. o amor é um salto no desconhecido, e para se chegar nele, é preciso querer entrar de cabeça, ou mergulhão, de olhos fechados e coração aberto.
Sem perceber, o rio 'amor', em meio a tantas indagações da menina, já não estava mais em seu estado sólido, e nem em seu estado líquido. Ele havia evaporado, e o que restava em seu lugar era um buraco vazio e sem vida. 

Conclusão: Não há tempo para escolher o melhor meio de se jogar no amor. Quanto mais o tempo passa, mas a essência do primeito momento acaba. E aí o que acaba ficando é o vazio.

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