questão

quinta-feira, 8 de abril de 2010

E o que mais lhe chamava a atenção era o fato de não saber explicar. O estranho lhe fazia bem. Parecia tão diferente de tudo, e tão mais bom. O que não podia era permanecer igual. E não permanecia. Cada vez era uma sensação diferente. Sentada em um banco, não podia acreditar, mas so conseguia imaginar um corpo par. Tinha fome e sede. O corpo tremia pedindo a presença. A ausência ardia em cada parte de seu ser. E quando podia ver, perdia os sentidos, e parecia flutuar. O fato de mergulhar na lembrança dos momentos, fazia a vontade aumentar. E mesmo querendo, não conseguia falar. Era nos olhos, no sorriso, e nas batidas do coração, o jeito que buscava pra dar a explicação.
E sem respostas pra tal questão, tudo que sabia é que sentia. Costumavam chamar isso de amor.

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